Uma investigação da Fundação Champalimaud desenvolveu um método não invasivo para o diagnóstico precoce de cancro, que requer apenas que o paciente respire para uma máscara durante cinco minutos. A tecnologia já demonstra capacidade para distinguir entre o cancro do pulmão, pâncreas e ovários, que se contam entre os mais agressivos e mortíferos, em grande parte devido à dificuldade de uma deteção atempada. Este avanço representa uma mudança de paradigma no rastreio oncológico, afastando-se de métodos mais invasivos e dispendiosos, como biópsias ou exames de imagem complexos. A simplicidade do procedimento, descrito como “tão simples como respirar”, tem o potencial de tornar o diagnóstico de cancro mais acessível e menos intimidante para os pacientes, incentivando a realização de rastreios regulares.
A deteção da doença em fases iniciais é um dos fatores mais críticos para o sucesso do tratamento. No caso de cancros como o do pâncreas ou dos ovários, os sintomas são frequentemente vagos e surgem tardiamente, resultando em diagnósticos em estados já avançados e com prognósticos menos favoráveis.
Ao identificar marcadores da doença no hálito exalado, este novo sistema oferece uma esperança para antecipar o diagnóstico, permitindo que as intervenções terapêuticas comecem mais cedo, quando a probabilidade de cura é significativamente maior.
Embora os pormenores técnicos sobre os biomarcadores específicos detetados não sejam aprofundados nos artigos, a importância da inovação reside na sua aplicação clínica potencial e no impacto direto na sobrevivência e qualidade de vida dos doentes oncológicos.
Em resumoEste inovador método de diagnóstico por respiração, desenvolvido na Fundação Champalimaud, constitui um avanço promissor na oncologia, oferecendo uma via simples e não invasiva para a deteção precoce de cancros de elevada mortalidade, o que é fundamental para melhorar os resultados dos tratamentos.