O primeiro projeto, anunciado pelo ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, consiste no desenvolvimento de uma aeronave de pequena escala, com capacidade para 19 passageiros e uma autonomia de dois mil quilómetros, destinada a fins civis e militares. O consórcio responsável envolve cerca de 38 entidades, incluindo a Força Aérea Portuguesa, que terá um papel de destaque. O segundo projeto foca-se na construção e lançamento de sete satélites, com o objetivo de, futuramente, atingir uma capacidade de produção de oito satélites por ano. A rampa de lançamento será construída na ilha de Santa Maria, nos Açores, um local estrategicamente vantajoso. Este plano é reforçado pela concessão da primeira licença de operador de centro de lançamento espacial em Portugal ao Atlantic Spaceport Consortium (ASC). O local, em Malbusca, Santa Maria, não só facilitará voos suborbitais a partir de 2026, como também acolherá o regresso do Space Rider da Agência Espacial Europeia (ESA), o primeiro sistema de transporte espacial reutilizável da Europa. Segundo Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, esta licença demonstra que “Portugal está preparado para acolher atividades de lançamento com base num quadro legal robusto e transparente”.