A investigação, publicada na revista Nature, revela que o *Spicomellus afer* possuía uma armadura corporal única e excecionalmente elaborada, desafiando a ideia de que tais características complexas surgiram apenas mais tarde, no Cretáceo.

O esqueleto, encontrado nas montanhas do Atlas, inclui costelas com espinhos fundidos à sua superfície, um colar ósseo com placas e espinhos que podiam atingir quase 90 centímetros de comprimento, e um escudo pélvico.

Uma das características mais notáveis é a evidência de uma arma na cauda, composta por vértebras fundidas, uma adaptação que se pensava ter evoluído 30 milhões de anos mais tarde.

Os cientistas, liderados por Susannah Maidment, sugerem que esta armadura extravagante servia tanto para defesa contra predadores como para exibição, possivelmente em rituais de acasalamento ou competição intraespecífica. A descoberta não só demonstra que a diversificação morfológica destes dinossauros começou muito antes do que se pensava, como também destaca a importância de África como um centro crucial para a evolução de grupos de dinossauros que até agora eram pouco documentados na região.