Esta participação reforça a capacidade de recolha de dados vitais para melhorar as previsões meteorológicas e compreender as alterações climáticas. O programa Argo opera uma rede de mais de 4.000 flutuadores espalhados por todos os oceanos, que medem parâmetros como temperatura, salinidade e pressão até 2.000 metros de profundidade.

Os dados são transmitidos via satélite em tempo quase real e são cruciais para calibrar modelos de previsão atmosférica e climática.

Portugal, que lançou o seu primeiro flutuador em julho, planeia ter seis em funcionamento até ao final do ano.

Alguns destes novos flutuadores são mais avançados, capazes de medir também oxigénio, nitratos, pH e outras variáveis geoquímicas.

O investigador Miguel Santos, do IPMA e do CCMAR, destaca que estes dados são “fundamentais porque o oceano é fundamental no sistema climático”.

A informação recolhida ajuda a identificar tendências como o aquecimento e a acidificação dos oceanos e a compreender a dinâmica das correntes, como a Corrente do Golfo, cujo enfraquecimento devido ao degelo poderia ter consequências drásticas para o clima europeu, podendo levar a invernos mais rigorosos e até a uma nova era glaciar.