A técnica, que não recorre a engenharia genética, abre perspetivas para a criação de sistemas de iluminação sustentáveis.
A descoberta, publicada na revista Matter, utiliza um método simples e económico para induzir fosforescência em plantas suculentas.
Em vez de modificar o ADN das plantas, os cientistas injetaram nas folhas partículas minúsculas de fósforo, compostos semelhantes aos usados em brinquedos que brilham no escuro.
Estas partículas absorvem fotões da luz solar ou de lâmpadas LED e libertam-nos lentamente, criando um brilho visível durante várias horas.
O sucesso da técnica dependeu do ajuste do tamanho das partículas: com 7 micrómetros, estas conseguiram difundir-se pelo tecido foliar sem perder a capacidade luminosa.
As suculentas mostraram-se ideais devido à estrutura dos seus tecidos, com canais estreitos que permitem uma difusão homogénea das partículas.
Com apenas alguns minutos de exposição à luz, as plantas modificadas brilharam até duas horas, emitindo luz azul, verde, vermelha ou azul-violeta, dependendo do fósforo utilizado.
Os investigadores construíram uma "parede brilhante" com 56 plantas, que emitiu luz suficiente para distinguir objetos próximos.
O custo do tratamento por planta foi de cerca de um euro e meio. As aplicações potenciais incluem a iluminação de caminhos e jardins de forma sustentável. No entanto, os cientistas alertam para a necessidade de estudar o impacto a longo prazo destas partículas na saúde das plantas e no ambiente antes de uma eventual produção comercial.












