A investigação sugere que as lesões foram causadas por uma combinação da sua dieta e do uso dos dentes como uma "terceira mão".
O estudo, liderado pelo Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid e publicado no American Journal of Biological Anthropology, identificou uma lesão de cárie num molar de um homem adulto.
A análise do dente, realizada com técnicas não invasivas como a tomografia computorizada, mostrou um desgaste significativo. Este desgaste não resultava apenas de uma dieta áspera, mas também do uso frequente dos dentes para atividades não alimentares, como o processamento de peles de animais.
Esta utilização da boca como ferramenta teria deteriorado a dentina, criando condições favoráveis para a colonização por bactérias.
A análise de ADN antigo preservado no tártaro dentário confirmou a presença da bactéria *Streptococcus mutans*, conhecida por causar cáries.
O tártaro também forneceu pistas sobre a dieta deste indivíduo, que incluía alimentos cozinhados ricos em amido, como pinhões e cogumelos, o que teria contribuído para a formação da cárie. Esta descoberta demonstra que, embora menos frequentes do que nos humanos modernos, as condições para o desenvolvimento de cáries já existiam antes do advento da agricultura.













