Publicado na revista ‘Cancer Immunology Research’, o estudo aborda um problema comum nas terapias com células T: a exaustão imunológica, que ocorre quando os linfócitos perdem a sua capacidade de atacar as células tumorais. Utilizando a tecnologia de edição genética CRISPR/Cas9, os investigadores eliminaram o gene MGAT5 nas células T.
Este gene é responsável pela produção de açúcares complexos que, em ambientes tumorais como o do cancro colorretal, enfraquecem a resposta imunitária.
As células T modificadas, designadas Glyco-CAR T, demonstraram uma capacidade superior para destruir células tumorais, revertendo a exaustão e mostrando-se mais agressivas contra os tumores.
Salomé Pinho afirma que estes resultados revelam “um novo alvo molecular que pode reforçar a eficácia da imunoterapia baseada em células T”. Catarina Azevedo, primeira autora do estudo, acrescenta que “a manipulação do glicoma das células T pode ampliar o potencial terapêutico das células CAR-T”. Esta abordagem inovadora, que consiste em alterar o metabolismo das próprias células de defesa, representa uma nova estratégia para superar as barreiras que limitam a eficácia da imunoterapia em cancros sólidos.














