A investigadora Liliana Santos venceu a edição de 2025 do Prémio JJ Pedroso de Lima, atribuído pelo Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra. O galardão, no valor de 10 mil euros, distingue o seu trabalho de doutoramento no desenvolvimento de radiofármacos inovadores para o diagnóstico e tratamento de metástases cerebrais em cancro da mama HER2+. O trabalho de Liliana Santos, intitulado “Desvendar os mecanismos da disfunção da barreira hematoencefálica na formação de metástases cerebrais em cancro da mama HER2+: um passo para novas abordagens terapêuticas”, representa um avanço significativo na área da medicina nuclear e oncologia translacional. A investigação focou-se num dos maiores desafios clínicos atuais: o tratamento de metástases cerebrais do cancro da mama HER2 positivo, que são frequentemente resistentes às terapias convencionais.
A cientista explorou a aplicação de radiofármacos de zircónio-89 e cobre-64 para melhorar o diagnóstico e desenvolveu estratégias terapêuticas com radiofármacos de lutécio-177. “Desenvolvemos fármacos inovadores que permitem contornar mecanismos de resistência observados neste tipo de tumores, aumentando assim a sobrevida dos doentes”, destacou Liliana Santos.
O Reitor da UC, Amílcar Falcão, que presidiu ao júri, elogiou o trabalho por colocar “a inovação e a investigação ao serviço dos cuidados de saúde”.
Antero Abrunhosa, Diretor do ICNAS, sublinhou “a unanimidade do júri e o elevado mérito da vencedora, bem como a potencial aplicação clínica da investigação”.
O prémio, criado em 2024, homenageia o físico João José Pedroso de Lima pela sua contribuição para as ciências nucleares aplicadas à saúde e visa reconhecer projetos relevantes de jovens investigadores.