O estudo, publicado na revista *PNAS*, analisou 54 enterramentos pré-neolíticos de 11 locais arqueológicos.
Os corpos foram encontrados em posturas hiperfletidas, impossíveis de alcançar com um cadáver fresco, o que sugeriu que os corpos foram dessecados antes do enterro. Para confirmar esta hipótese, os investigadores utilizaram técnicas avançadas como a difração de raios X e a espectroscopia de infravermelho em amostras ósseas, que detetaram uma exposição a calor de baixa intensidade, consistente com um processo de secagem pelo fumo e não de cremação. O professor Peter Bellwood, coautor do estudo, afirma que "esse tipo de secagem com fumo é, até agora, o método mais antigo comprovado de preservação intencional de cadáveres que temos registrado em qualquer lugar do mundo". Este método, que envolvia amarrar o corpo e suspendê-lo sobre um fogo brando por um longo período, era provavelmente a forma mais eficaz de preservar os mortos nos climas húmidos da região.
A investigação estabelece paralelos etnográficos com práticas semelhantes em comunidades indígenas da Austrália e da Nova Guiné, com as quais estas populações antigas partilham ligações genéticas, sugerindo uma notável continuidade cultural e biológica.













