O projeto 'Breath IN' destaca o impacto direto da qualidade do ar, temperatura e iluminação na saúde e no desempenho académico.
Liderado pelo Politécnico de Tomar, o projeto instalou sensores de monitorização contínua em salas de aula para medir parâmetros como partículas em suspensão, dióxido de carbono (CO2), temperatura, humidade e iluminância. Os dados iniciais, embora mostrem níveis aceitáveis de partículas, revelam um problema significativo com a ventilação. Segundo a investigadora Anabela Veiga, foram registados "níveis elevados de dióxido de carbono em períodos de maior ocupação, o que revela que a ventilação nem sempre é suficiente". A acumulação de CO2 é um forte indicador de que o ar interior não está a ser renovado adequadamente, o que pode levar a fadiga, dores de cabeça e dificuldade de concentração. Além disso, o estudo também detetou problemas de conforto térmico, com temperaturas baixas e humidade elevada, e níveis de iluminação abaixo do recomendado em algumas salas, afetando o conforto visual.
A investigadora alerta que o conjunto destes fatores "traduz-se em pior desempenho académico e menor bem-estar para alunos e professores".
O projeto, financiado pelo programa Erasmus+, decorrerá até 2026 e visa produzir recomendações práticas para melhorar estas condições.













