A investigação "A Voz dos Professores" também destaca um crescente recurso a jogos e Inteligência Artificial por parte dos docentes, apesar da falta de apoio técnico e equipamentos. Realizado por investigadores da Universidade do Minho e da Nova SBE, o estudo inquiriu mais de 3.700 professores e diretores em todo o país. Os dados, recolhidos antes da recente proibição de telemóveis no 1.º e 2.º ciclos, mostram que 89% dos colégios privados do 1.º ciclo já não permitiam o uso de 'smartphones', em comparação com 59% das escolas públicas. O investigador João Carlos Cerejeira Silva salientou que "as escolas privadas tendem a ser mais restritivas ou adotar pela proibição total em relação às escolas públicas".
O estudo também revela que a maioria dos professores já recorre a técnicas de gamificação e utiliza Inteligência Artificial para preparar aulas, sendo estas práticas mais comuns nos estabelecimentos privados e entre os docentes mais jovens. No entanto, o relatório alerta para uma lacuna significativa em termos de recursos e apoio: os professores queixam-se da falta de equipamento, de apoio técnico e de acesso a uma rede de internet de qualidade.
Esta desigualdade na proficiência e no acesso a ferramentas digitais, segundo o estudo, gera "assimetrias que podem acentuar desigualdades entre alunos".













