No entanto, um novo estudo publicado na *PNAS Nexus* argumenta que estes métodos têm limitações espaciais e temporais.
A nova abordagem recorreu a imagens de satélite de alta resolução, que cobrem dezenas de milhares de quilómetros quadrados numa única captura, e a algoritmos de Inteligência Artificial para contar os animais.
A estimativa resultante situou-se entre 324 mil e 533 mil animais, um número significativamente inferior.
Os autores do estudo esclarecem que esta discrepância não significa necessariamente um colapso populacional, mas reflete provavelmente a sobrestimação inerente aos métodos de contagem anteriores, baseados em extrapolações. A equipa reconhece que a sua contagem pode estar ligeiramente inflacionada, pois as imagens não permitiram distinguir totalmente os gnus de outras espécies migratórias, como as zebras.
A investigação sublinha a importância de obter contagens populacionais precisas para uma gestão e conservação eficazes, especialmente numa altura em que os gnus enfrentam ameaças crescentes devido à fragmentação do habitat e às alterações climáticas.













