Os resultados são claros: “À medida que aumenta a sua cobertura, diminui, de forma significativa, a abundância de plantas herbáceas e a riqueza de espécies, o que se traduz numa perda clara de biodiversidade”, explica a investigadora Raquel Juan Ovejero.

As acácias, originárias da Austrália, alteram a disponibilidade de nutrientes no solo e afetam a fauna local.

Portugal é identificado como o país mediterrânico com o maior número de espécies de acácias invasoras, uma situação agravada pelo abandono rural e pela fragmentação florestal. Os especialistas alertam que a gestão destas espécies exige um “acompanhamento contínuo”, dado que possuem bancos de sementes persistentes e uma elevada capacidade de rebrotar após corte ou incêndio.

O estudo recomenda, por isso, que as intervenções precoces, por serem “mais eficazes, menos dispendiosas e reduzirem o risco de consequências ecológicas graves”, sejam complementadas com a restauração de habitats nativos para reforçar a estabilidade dos ecossistemas e prevenir futuras invasões.