O projeto, financiado pelo programa Erasmus+, visa avaliar o impacto do ambiente interior na saúde, bem-estar e desempenho académico de estudantes e professores em Portugal, Grécia e Chipre.

Através da instalação de sensores que medem continuamente parâmetros como partículas em suspensão, dióxido de carbono (CO2), temperatura, humidade e iluminância, a equipa de investigação está a criar um retrato detalhado das condições de ensino. A investigadora Anabela Veiga, do Politécnico de Leiria, explicou que os dados iniciais revelaram “níveis elevados de dióxido de carbono em períodos de maior ocupação, o que revela que a ventilação nem sempre é suficiente”. Foram também registadas temperaturas baixas, humidade elevada e níveis de iluminância abaixo dos recomendados, fatores que podem comprometer a concentração e o conforto. A investigadora alerta que estas condições podem levar a “fadiga, dificuldade de concentração, dores de cabeça e agravamento de problemas respiratórios”. O projeto, que decorre até 2026, irá produzir um relatório final com recomendações práticas, sublinhando que, em muitos casos, “pequenas alterações de rotina”, como abrir janelas, podem fazer uma diferença significativa.