Esta descoberta, realizada 130 anos após a invenção dos raios X, promete revolucionar áreas como o diagnóstico médico e a segurança.

A tecnologia, designada Imagem Hiperespectral Colorida de Raios X com Alvos Multimetálicos (CHXI MMT), foi criada por uma equipa dos Laboratórios Nacionais de Sandia, nos EUA. O método utiliza amostras minúsculas de vários metais, como tungsténio, molibdénio e ouro, que emitem cores específicas de luz de raios X quando atingidos. Segundo a engenheira eletrónica Courtney Sovinec, "ao combiná-lo com um detetor de discriminação de energia, podemos contar fotões individuais... e medir a energia de cada fotão.

Isto permite-nos caracterizar os elementos na amostra".

O resultado, de acordo com o líder do projeto Edward Jiménez, são imagens com "uma clareza de imagem revolucionária e uma melhor compreensão da composição de um objeto". A cientista de materiais Noelle Collins destacou a importância da transição, afirmando que, "com esta nova tecnologia, estamos essencialmente a migrar do método tradicional, que era o preto e branco, para um mundo totalmente novo e colorido, onde podemos identificar melhor materiais e defeitos de interesse". As aplicações potenciais são vastas, abrangendo desde a segurança aeroportuária e o controlo de qualidade de materiais até, de forma mais impactante, o diagnóstico médico. A equipa acredita que a CHXI MMT poderá facilitar a deteção precoce de doenças como o cancro da mama, pois a maior resolução e nitidez do feixe de luz aumenta a capacidade do sistema para detetar microcalcificações associadas a tumores.