A investigação, liderada pela Universidade Curtin e publicada na revista *Geobiology*, analisou coprólitos (excrementos fossilizados) do local fóssil de Mazon Creek, nos Estados Unidos.
Embora se soubesse que estes fósseis continham derivados de colesterol, indicando uma dieta carnívora, o mecanismo de preservação era um mistério.
A crença geral era que os minerais fosfáticos, que preservam a estrutura dos tecidos moles, também protegiam as moléculas.
No entanto, a nova análise demonstrou que a preservação molecular se deve a minúsculos grãos de carbonato de ferro espalhados pelo fóssil.
Madison Tripp, investigadora principal, comparou a descoberta a encontrar "um baú de tesouro — neste caso, fosfato — mas o verdadeiro ouro está escondido nas pedras próximas".
Para confirmar a descoberta, a equipa expandiu a análise a uma vasta gama de fósseis de diferentes espécies e períodos, constatando o mesmo padrão.
O professor Kliti Grice sublinhou a importância do achado: "Esta não é apenas uma descoberta única ou por acaso: é um padrão... os minerais carbonatados têm preservado silenciosamente informações biológicas ao longo da história da Terra".
Esta descoberta permite agora aos cientistas procurar fósseis em locais com condições específicas que favoreçam a presença de carbonato de ferro, aumentando a probabilidade de encontrar vestígios moleculares.














