A sua investigação sugere que um suplemento alimentar hepático poderá ser um tratamento potencial para esta doença neurodegenerativa rara e hereditária.
A doença de Machado-Joseph é uma condição degenerativa, de início na idade adulta, que afeta progressivamente a coordenação motora e que, até ao momento, não tem cura.
A investigação premiada, desenvolvida por Jorge Diogo da Silva, focou-se em encontrar uma forma de mitigar os efeitos da doença. Através de experiências realizadas em modelos animais (ratinhos), o cientista conseguiu demonstrar que a administração de um suplemento alimentar hepático foi capaz de atrasar o aparecimento dos sintomas característicos da neuropatia.
Embora os artigos não especifiquem a composição exata do suplemento, a abordagem representa uma nova esperança e uma via terapêutica potencialmente inovadora.
O Prémio João Monjardino, um dos mais importantes na área da investigação em saúde em Portugal, reconhece assim o potencial impacto deste trabalho, que poderá, no futuro, traduzir-se em ensaios clínicos e, eventualmente, num tratamento acessível para os doentes.
A distinção sublinha a importância de explorar novas estratégias terapêuticas para doenças raras, que muitas vezes recebem menos atenção da indústria farmacêutica.













