A tecnologia proposta recorre a biópsias líquidas, uma técnica que analisa o ADN tumoral circulante no sangue, para identificar a mutação fundadora portuguesa no gene BRCA2.

Este método é significativamente menos invasivo do que as biópsias de tecido tradicionais, além de ser mais acessível. O cancro da mama é o tipo de cancro mais diagnosticado em mulheres a nível mundial, e cerca de 5 a 10% dos casos têm origem hereditária, frequentemente associada a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.

O biossensor desenvolvido na UTAD visa oferecer uma resposta inovadora a este desafio de saúde pública.

Além da deteção precoce, a ferramenta tem potencial para ser aplicada na monitorização da evolução da doença, no acompanhamento da resposta aos tratamentos e na tomada de decisões clínicas mais céleres.

O projeto foi galardoado no 7.º Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Oncologia, recebendo um apoio financeiro de 7.500 euros que permitirá avançar na fase de desenvolvimento do dispositivo.

A investigadora Sara Barrias confessou sentir-se “reconhecida e privilegiada” com a distinção, sublinhando que o prémio “será fundamental para o avanço da investigação”, nomeadamente através da aquisição de novos materiais.