O autor principal, Christian Geier, da Universidade de Viena, destacou a singularidade do achado: “Esta é a primeira vez no mundo que uma flor fóssil e as suas abelhas polinizadoras foram descritas a partir dos mesmos sedimentos e estão diretamente ligadas entre si através do pólen”.

A investigação demonstra que as abelhas mamangavas (género Bombus) já eram polinizadores cruciais das tílias há milhões de anos, tal como acontece atualmente.

Os fósseis estão entre os mais antigos representantes conhecidos do seu género.

A descoberta permitiu nomear duas novas espécies de abelhas, Bombus (Kronobombus) messegus e Bombus (Timebombus) paleocrater, e uma nova espécie de flor de tília, Tilia magnasepala.

Este registo fóssil fornece informações valiosas sobre a evolução da polinização e a dinâmica dos ecossistemas do passado.

Num contexto de declínio global das populações de insetos polinizadores, compreender estas interações históricas e a sua resiliência a mudanças climáticas passadas torna-se particularmente relevante para a conservação dos ecossistemas atuais.