O composto LN-7 atua de forma distinta dos antivirais convencionais: em vez de inibir a síntese do ADN viral, ele bloqueia o processo de "empacotamento do genoma", uma etapa essencial para que o vírus consiga guardar o seu material genético e formar novas partículas virais para se propagar no organismo. Segundo o coordenador do estudo, Luis Menéndez-Arias, "ao bloquear o empacotamento do genoma viral, abrimos as portas a uma nova classe de antivirais que podem complementar ou substituir os tratamentos atuais em casos de resistência ou toxicidade". Uma das vantagens mais relevantes do LN-7 é a sua eficácia contra estirpes do vírus que já desenvolveram resistência aos medicamentos existentes, que apenas controlam os surtos sem eliminar a infeção. Ao impedir a replicação do vírus por uma via diferente, esta estratégia expande as opções terapêuticas e pode ajudar a combater o crescente problema da resistência antiviral.

A investigação, que contou com a participação de instituições espanholas, como o Centro Severo Ochoa de Biologia Molecular, e da Universidade de Shandong, na China, posiciona o LN-7 como um "candidato a fármaco de primeira classe" e representa um "importante avanço conceptual no combate aos vírus do herpes".