Desenvolvido pela ALS no âmbito do consórcio SMARTgNOTICS, que junta entidades públicas e privadas, o dispositivo será apresentado em Viseu e começará a ser testado no hospital CUF e no grupo Lusiaves.
A tecnologia responde a uma necessidade urgente, uma vez que, segundo a ALS, "a resistência antimicrobiana mata cada vez mais pessoas a nível mundial".
A capacidade de identificar rapidamente a bactéria causadora da infeção permite a administração do antibiótico adequado, uma abordagem crucial para travar o avanço das resistências.
Especialistas que participarão numa mesa-redonda sobre o tema sublinham a importância desta inovação.
Manuela Caniça, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, destacou que "só com testes de diagnóstico e capacidade laboratorial podemos reduzir a resistência aos antibióticos", defendendo um investimento em sistemas "inovadores, rápidos, eficazes, validados e acessíveis". Joana Lemos, coordenadora de Medicina Interna do grupo CUF, reforçou a perspetiva clínica, afirmando que a resistência resulta num "aumento do número e da duração dos internamentos e num excesso de mortalidade". Por sua vez, Patrícia Poeta, coordenadora do Grupo de Investigação MicroART, alertou que, sem uma resposta integrada no contexto da "One Health" (saúde humana, animal e ambiental), poderemos assistir a "um retrocesso sanitário com consequências imprevisíveis".














