Os resultados mostraram que os filhos dos pais ativos exibiam, desde o nascimento, uma “adaptabilidade intrínseca ao exercício e parâmetros metabólicos aprimorados”.
Esta transmissão não ocorre através de alterações no código genético (ADN), mas sim por mecanismos epigenéticos, que modificam a expressão dos genes sem alterar a sua sequência.
Os investigadores identificaram os microRNAs presentes nos espermatozoides como os principais “portadores de informações epigenéticas”.
Estas pequenas moléculas de RNA atuam como uma espécie de memória do estilo de vida do pai, influenciando o desenvolvimento do embrião logo após a fertilização.
Os autores descrevem esta descoberta como a “primeira evidência” de que estes microRNAs formam uma “via molecular coerente” que permite a herança da resistência e adaptação metabólica induzidas pelo exercício. Este mecanismo ajuda a explicar por que razão certas características, como a capacidade atlética e uma boa saúde metabólica, tendem a ser comuns em famílias, indo além da genética e do ambiente partilhados.
A investigação abre novas vias para compreender como o estilo de vida dos pais, e não apenas a sua herança genética, pode moldar ativamente a fisiologia e a saúde dos seus filhos.














