O fóssil, cujo nome científico é *Xiphodracon goldencapensis*, foi descoberto em 2001 por um colecionador, mas só agora foi formalmente identificado e descrito na revista *Papers of Palaeontology*.

O esqueleto, considerado um dos mais completos do mundo para este período, pertence a um animal do tamanho de um golfinho, com cerca de três metros de comprimento, que se alimentaria de peixes e lulas. As suas características mais distintivas incluem um crânio com uma órbita ocular de grande dimensão e um focinho comprido em forma de espada, que inspirou o seu nome comum.

O paleontólogo Dean Lomax, um dos investigadores envolvidos, descreveu o espécime como “uma peça que faltava no puzzle dos ictiossauros”.

A descoberta é particularmente relevante porque data do período Pliensbachiano do Jurássico Inferior, uma época em que se registou uma renovação faunística complexa, com o desaparecimento de algumas espécies de ictiossauros e o surgimento de outras.

Este fóssil único fornece, assim, dados cruciais sobre a diversidade e as transições evolutivas destes répteis marinhos durante um período de mudança significativa nos ecossistemas oceânicos.