Em vez de simplesmente “repetir factos conhecidos”, a IA gerou uma hipótese nova e testável: a inibição da quinase CK2 com o fármaco silmitasertib (CX-4945) poderia aumentar a “apresentação de antigénios”, o processo que permite ao sistema imunitário reconhecer e atacar as células tumorais.

Embora a CK2 fosse conhecida como moduladora do sistema imunitário, nenhum estudo anterior tinha associado a sua inibição a este efeito específico.

Para validar a previsão, os cientistas realizaram experiências em laboratório, combinando o silmitasertib com uma dose baixa de interferão.

O resultado confirmou a hipótese da IA, levando a um aumento de 50% na apresentação de antigénios, o que tornaria os tumores mais suscetíveis ao ataque imunitário.

A Google descreveu a descoberta como “um novo caminho promissor para o desenvolvimento de terapias para combater o cancro” e disponibilizou o modelo e os recursos associados à comunidade científica para fomentar a investigação.

Embora sejam necessários mais testes, o feito ilustra um novo paradigma onde a IA não é apenas uma ferramenta de análise, mas um parceiro criativo na formulação de hipóteses científicas.