Os novos vestígios, recuperados em Koobi Fora, são a primeira associação inequívoca de material pós-craniano a esta espécie.
A análise da mão revela uma morfologia única: as proporções, com um polegar relativamente longo, são semelhantes às dos humanos modernos, indicando a capacidade de realizar “preensões de precisão”, essenciais para manipular objetos ou ferramentas. No entanto, esta destreza coexistia com características de preensão poderosas, convergentes com as dos gorilas, que sugerem uma força de agarre significativa. Em vez de ser uma adaptação para trepar, os investigadores interpretam esta força como uma especialização para o “processamento manual intensivo de vegetação dura”, alinhando-se com a dieta especializada do *P. boisei*, conhecida pelos seus dentes e maxilares maciços.
Os ossos do pé confirmam um “compromisso claro com o bipedismo”.
Esta descoberta sugere um modelo de coexistência ecológica com o género *Homo*, onde o *P. boisei* seguia uma via evolutiva distinta, utilizando as suas capacidades manipulativas para explorar um nicho alimentar específico.













