O trabalho, distinguido com o Prémio Nunes Correa Verdades de Faria, foca-se nas origens genéticas e moleculares de doenças que afetam cerca de um em cada cem recém-nascidos.
O estudo centrou-se no gene CITED2, que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do coração.
A equipa de investigação demonstrou, em modelos animais e celulares, que é possível compensar falhas na função deste gene através da suplementação com moléculas sinalizadoras específicas.
Esta intervenção conseguiu reduzir a ocorrência de malformações e aumentar a viabilidade embrionária, sugerindo um caminho promissor para o desenvolvimento de estratégias preventivas que possam ser aplicadas nas fases iniciais da gestação. José Bragança destacou a importância do reconhecimento, afirmando que “este prémio representa o reconhecimento de anos de dedicação e uma confirmação de que a nossa investigação tem relevância real para a saúde pública”. O investigador sublinhou o “poder transformador” da investigação translacional, que aproxima as descobertas de laboratório de soluções clínicas capazes de melhorar a qualidade de vida. O prémio permitirá expandir a investigação com o objetivo de desenvolver aplicações clínicas concretas, que possam limitar ou evitar defeitos cardíacos congénitos desde o início da gravidez.












