O dispositivo consiste num minúsculo chip flexível de 2x2 mm implantado na retina, que funciona em conjunto com uma câmara acoplada a uns óculos especiais. A câmara capta imagens e projeta-as no implante através de luz infravermelha; o chip converte essa luz em sinais elétricos que estimulam as células retinianas remanescentes, restabelecendo o fluxo de informação para o cérebro.

O ensaio clínico envolveu 38 doentes de cinco países europeus com atrofia geográfica, uma forma avançada de DMI.

Dos 32 participantes que completaram o seguimento de 12 meses, 27 conseguiram ler e 26 obtiveram melhorias clinicamente significativas na acuidade visual.

Em média, os doentes conseguiram ler mais 25 letras numa tabela oftalmológica, com 81% a conseguir ver 10 ou mais letras.

José-Alain Sahel, autor sénior do estudo, afirmou: “É a primeira vez que qualquer tentativa de restauração da visão conseguiu tais resultados num grande número de doentes”. O dispositivo, desenvolvido na Universidade de Stanford por Daniel Palanker, representa uma nova era na visão artificial, oferecendo esperança a milhões de pessoas. A investigação continua, com o desenvolvimento de software para permitir a visão em tons de cinzento, essencial para o reconhecimento facial.