A sua investigação, focada nas falhas genéticas que ocorrem durante o desenvolvimento do coração no embrião, abre novas perspetivas para estratégias preventivas. A investigação premiada, liderada por José Bragança na Universidade do Algarve, centrou-se no gene CITED2, que é essencial para o desenvolvimento cardíaco.
O estudo demonstrou que é possível compensar falhas na função deste gene através da suplementação com determinadas moléculas sinalizadoras.
Em modelos animais e celulares, esta abordagem conseguiu reduzir a ocorrência de malformações e melhorar a viabilidade embrionária, sugerindo um caminho para limitar ou evitar defeitos cardíacos desde as fases iniciais da gestação.
Estas doenças afetam cerca de um em cada cem recém-nascidos.
Ao receber o prémio, atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Bragança afirmou que este “representa o reconhecimento de anos de dedicação e uma confirmação de que a nossa investigação tem relevância real para a saúde pública”. O investigador sublinhou o “poder transformador” da investigação translacional, que aproxima as descobertas de laboratório de soluções clínicas capazes de melhorar a qualidade de vida. O prémio, no valor de 12.500 euros, permitirá expandir estas descobertas, com o objetivo de desenvolver aplicações clínicas que beneficiem recém-nascidos afetados por estas condições.













