A descoberta reforça as mensagens de saúde pública sobre os benefícios de cessação tabágica em qualquer idade, estendendo-os à saúde cerebral a longo prazo. A investigação, cujos pormenores são escassos nos artigos fornecidos, baseou-se na análise de dados de três estudos longitudinais em curso, que representam uma abordagem robusta para identificar tendências de saúde ao longo do tempo. Os dados foram recolhidos através de inquéritos médicos aplicados a cada dois anos a um grupo representativo de pessoas de 12 países diferentes, o que confere uma dimensão global e diversificada às conclusões. Embora os mecanismos exatos que ligam o tabagismo à demência não sejam detalhados, sabe-se que fumar contribui para o stress oxidativo, inflamação e danos vasculares, fatores que estão implicados no declínio cognitivo e em doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. A principal mensagem do estudo é de esperança e capacitação, especialmente para fumadores mais velhos que possam sentir que já é tarde demais para colher os benefícios de parar de fumar. A descoberta de que o risco de demência pode ser atenuado mesmo após décadas de tabagismo fornece um forte incentivo para a cessação tabágica como uma estratégia viável de saúde pública para promover um envelhecimento cerebral mais saudável e reduzir a prevalência global da demência.