A investigação focar-se-á num novo alvo farmacológico com o objetivo de criar tratamentos de ação rápida e sustentada. Os cientistas Luísa Pinto e Nuno Dinis Alves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina, lideram o projeto de dois anos que responde a uma necessidade crítica no tratamento da perturbação depressiva major.

A equipa irá estudar o potencial de um transportador vesicular neuronal como um novo alvo farmacológico, procurando desenvolver tratamentos com efeitos mais céleres e duradouros do que os atualmente disponíveis. Além disso, este alvo poderá servir como um biomarcador para o diagnóstico precoce da doença.

O financiamento foi atribuído no âmbito do programa "Mental Health – Advancing Target Validation for Novel Mental Health Drug Discovery" da Wellcome, que apoia a identificação de novos alvos para o tratamento de doenças mentais como a ansiedade, a depressão e a psicose.

A investigação, coordenada pela equipa Brain Circuits and Neuron-Glia Adaptations do ICVS, utilizará metodologias avançadas como engenharia genética, fotometria de fibra e transcriptómica.

O estudo terá uma dimensão internacional, analisando amostras de pacientes do Reino Unido, Suécia, Portugal, Grécia, França e Turquia, e contará com a colaboração de Sandrine Thuret, do King’s College London.