A investigação, baseada em fósseis do Novo México, revela que estes animais não só prosperavam, como apresentavam uma notável diversidade regional até ao momento do impacto catastrófico do asteroide. A equipa de investigação reavaliou a idade de fósseis encontrados na Bacia de San Juan, no Novo México, determinando que datam de 66,4 a 66 milhões de anos, ou seja, viveram nos últimos 340.000 anos do período Cretácico.
Isto significa que espécies como o gigantesco saurópode *Alamosaurus* coexistiram com os mais conhecidos *Tyrannosaurus* e *Triceratops* do norte do continente, mas em ecossistemas distintos. Segundo o primeiro autor, Andrew Flynn, esta descoberta demonstra que a América do Norte albergava várias comunidades de dinossauros que evoluíam lado a lado.
O estudo sugere que a temperatura era um fator chave na separação destas comunidades, um fenómeno conhecido como “provincialismo”.
As regiões mais quentes do sul eram dominadas por espécies como o *Alamosaurus*, enquanto os habitats mais frescos do norte eram povoados por mais dinossauros com bico de pato e com cornos. O paleontólogo Stephen Brusatte, um dos autores do estudo, afirma que “nada ilustra melhor a forma como os dinossauros prosperaram até ao fim do que o facto de o *Alamosaurus* – um dos maiores dinossauros de sempre – ter assistido ao embate do asteroide”. Estes dados reforçam a ideia de que a extinção foi um evento abrupto e não o culminar de um longo declínio, pintando um quadro de um mundo pré-histórico vibrante e diversificado até ao seu fim súbito.











