Sem flores, a planta não produz vagens nem sementes, quebrando o seu ciclo reprodutivo e impedindo o reforço do banco de sementes no solo. Liliana Neto Duarte, primeira autora do estudo, revelou que, “cinco anos após o estabelecimento do agente, a produção de sementes apresenta uma redução muito significativa” e que, “ao fim de nove anos, a produção de sementes praticamente desapareceu nas áreas onde o agente está estabelecido há mais tempo”.

A investigadora Elizabete Marchante acrescenta que este é um “passo essencial para quebrar o ciclo reprodutivo da acácia-de-espigas, criando condições para a regeneração da vegetação nativa dunar”. Os autores defendem que esta solução natural deve ser integrada com outras práticas de gestão para garantir um controlo eficaz e a longo prazo da espécie invasora.