O estudo, publicado no Journal of Environmental Management, acompanhou durante seis anos as acácias em várias dunas da região Centro, após a introdução do inseto em 2015. Os resultados são inequívocos: o agente biológico está a reduzir a produção anual de sementes da acácia em até 98% em alguns locais. Liliana Neto Duarte, primeira autora do estudo, afirma que, "ao fim de nove anos, a produção de sementes praticamente desapareceu nas áreas onde o agente está estabelecido há mais tempo". O mecanismo de ação do inseto é altamente específico: ao depositar os seus ovos nas gemas florais da acácia, induz a planta a formar uma galha em vez de flores. Sem flores, não há produção de vagens nem de sementes, quebrando o ciclo reprodutivo da invasora e impedindo o reforço do banco de sementes no solo. A investigadora Elizabete Marchante sublinha que este "é um passo essencial para quebrar o ciclo reprodutivo da acácia-de-espigas, criando condições para a regeneração da vegetação nativa dunar".
Os cientistas observaram também o enfraquecimento progressivo de algumas árvores sob forte infestação, o que pode levar à sua morte.
A equipa defende que esta abordagem deve ser integrada com outras práticas, como o corte mecânico, para garantir um controlo eficaz e a longo prazo.











