Esta nova abordagem, que já obteve patente nacional, promete ser um método de diagnóstico menos invasivo, mais rápido e mais económico do que as técnicas convencionais.

A tecnologia baseia-se na técnica de dispersão dinâmica de luz e no uso de nanopartículas magnéticas para detetar e quantificar a CRP, um biomarcador de inflamação. Atualmente, a medição de CRP é realizada maioritariamente no soro sanguíneo através de métodos como a imunonefelometria ou a imunoturbidimetria, que possuem limites de deteção elevados. Embora a técnica de ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática) permita detetar concentrações mais baixas, os investigadores da UA explicam que “os testes ELISA são demorados, requerem o uso de anticorpos e de outros reagentes para o processamento da amostra, tornando a análise dispendiosa, e podem ainda ser complexos de executar”. A nova invenção propõe um método “menos dispendioso que a técnica de ELISA e com limite de deteção melhorado”. As principais vantagens, segundo a equipa, são “o facto de não necessitar de usar ligandos específicos e caros, como anticorpos habitualmente usados como elemento de reconhecimento” e que “a testagem é feita com um fluído biológico de recolha não invasiva, a saliva”. Esta inovação resulta do trabalho desenvolvido no âmbito da tese de doutoramento de Maria António, realizada no Programa Doutoral em Nanociências e Nanotecnologia da UA, e tem um potencial de aplicação significativo em contexto clínico para o diagnóstico e monitorização de doenças inflamatórias.