Esta abordagem inovadora, publicada na revista 'ACS Nano', demonstrou em testes pré-clínicos uma eficácia notável na redução do tamanho dos tumores, abrindo portas a terapias oncológicas mais eficazes e personalizadas.
O principal desafio que esta tecnologia procura superar é a penetração insuficiente dos fármacos em tumores sólidos, o que limita a eficácia da quimioterapia e permite a sobrevivência de células malignas.
Os nanomotores, concebidos com uma nanopartícula de duas faces (sílica e platina), ativam o seu movimento ao consumir a glicose presente no tumor.
Este mecanismo tem um duplo efeito: não só impulsiona os nanomotores para o interior do tumor, como também priva as células cancerígenas da sua principal fonte de energia.
Adicionalmente, o processo gera oxigénio, o que ajuda a “reduzir a hipoxia, um problema comum que limita a eficácia de muitos tratamentos”, explicou Paula Díez, do Instituto de Investigação em Saúde La Fe. Os nanomotores produzem também “espécies reativas de oxigénio, que reforçam os danos nas células malignas”.
A eficácia da tecnologia foi demonstrada em culturas celulares, esferoides, organoides de cancro da mama derivados de doentes e num modelo de ratinho, onde o tratamento reduziu significativamente o tamanho do tumor.
Segundo os investigadores, os resultados “demonstram que esta tecnologia tem um enorme potencial para aplicação em terapias personalizadas”.











