Os estudos demonstraram que o stress contínuo leva a uma desregulação de proteínas e a uma diminuição da função do córtex pré-frontal, área cerebral responsável pelo controlo emocional e funções executivas. Uma das descobertas mais significativas é a ligação entre o estado emocional e reações viscerais: foi observado um aumento da produção da proteína lipocalina 2 no fígado em situações de neuroinflamação associadas ao stress, evidenciando uma resposta fisiológica integrada.

Além disso, a equipa está a procurar “marcadores genéticos que aumentem a predisposição ou protejam de perturbações neuropsiquiátricas”, analisando polimorfismos que possam explicar por que razão alguns indivíduos desenvolvem stress pós-traumático e outros não, mesmo perante situações idênticas.

Patrícia Monteiro sublinha que, embora as marcas sejam físicas, podem ser reversíveis com cuidados e hábitos saudáveis, reforçando a importância da deteção precoce.