A contribuição da equipa portuguesa, coordenada por Catarina Silva, do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC, centra-se na “análise inteligente dos dados”. A plataforma integra dados multimodais recolhidos por sensores no terreno — como temperatura, humidade e concentração de gases — com informação geoespacial e topológica, incluindo imagens de satélite, relevo, uso do solo e histórico de incêndios. Esta fusão de dados permite que modelos inteligentes identifiquem precursores de incêndios e emitam alertas antecipados com maior precisão.

O caso de estudo em Portugal está a ser implementado no Fundão, onde os sensores já foram instalados.

Segundo Cidália Fonte, investigadora do projeto, a incorporação de informação geoespacial “aumenta a precisão da avaliação de risco”.

Os resultados preliminares são promissores, mostrando que os modelos conseguem prever o risco de incêndio.

A equipa espera, no futuro, “fornecer ferramentas proativas de prevenção e gestão de meios, com maior detalhe e resolução espacial”, com o objetivo final de industrializar a tecnologia para apoiar diretamente as autoridades locais.