Estes "nanocorpos" são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica de forma mais eficaz e com menos efeitos secundários do que os tratamentos convencionais. Um comentário publicado na revista Trends in Pharmacological Sciences destaca que estes nanocorpos são cerca de dez vezes mais pequenos do que os anticorpos humanos, o que lhes permite aceder ao cérebro de forma passiva e mais eficiente.
Em testes realizados em ratos, demonstraram ser eficazes no tratamento de condições neurológicas, restaurando défices comportamentais com menos efeitos adversos.
Philippe Rondard, coautor do estudo, afirma que "os nanocorpos de camelídeos abrem uma nova era de terapias biológicas para doenças cerebrais", podendo constituir uma nova classe de fármacos.
A sua produção e modificação são também mais simples do que as dos anticorpos convencionais.
Ao contrário de pequenas moléculas que atravessam a barreira hematoencefálica mas que são frequentemente hidrofóbicas e propensas a efeitos secundários, os nanocorpos oferecem maior solubilidade e especificidade. Apesar do enorme potencial, os investigadores alertam que são necessários mais estudos de toxicologia e segurança a longo prazo antes de se poderem iniciar ensaios clínicos em humanos.













