Os resultados preliminares sublinham a riqueza excecional do ecossistema e a urgência da sua monitorização e proteção eficaz.
A expedição, organizada pela Fundação Oceano Azul, o Oceanário de Lisboa e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR), decorreu em outubro e confirmou o estatuto da área como um ‘hotspot’ de biodiversidade.
Entre as 206 espécies documentadas contam-se 137 invertebrados, 41 peixes, 13 algas, 12 aves marinhas e 3 cetáceos.
Os mais de 40 novos registos para a área incluem peixes, gorgónias, corais duros e vários invertebrados, o que reforça a importância do parque, criado em janeiro de 2024. Um dos destaques foi o banco de rodólitos (algas calcárias), o único conhecido em Portugal Continental, que se revelou saudável e funcional, desempenhando um papel crucial na retenção de carbono.
No entanto, a expedição também trouxe notícias preocupantes: o desaparecimento das pradarias marinhas anteriormente identificadas na zona, um sinal que os investigadores associam à proliferação da alga invasora asiática *Rugulopterix okamurae*.
Por outro lado, os jardins de gorgónias apresentaram um bom estado ecológico.
Estes dados são essenciais para apoiar o desenvolvimento dos instrumentos de gestão pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), garantindo a proteção efetiva desta que é a primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário em Portugal Continental.














