O ARN é crucial porque revela quais os genes que estavam ativos num determinado tecido no momento da morte, algo que o ADN por si só não consegue mostrar. Como explica o coautor do estudo, Love Dalén, “o ARN antigo dá-nos uma imagem dos genes que são ativados, ou que se encontram ativos, em determinado tecido”. A análise do ARN de Yuka revelou a ativação de genes essenciais para o desenvolvimento do tecido muscular e indicou que o animal estava sob elevado stress celular pouco antes de morrer, o que corrobora a teoria de que poderá ter sido atacado por predadores. Uma descoberta surpreendente adicional foi a revelação de que Yuka era, geneticamente, um macho, contrariando análises anatómicas anteriores que o classificavam como fêmea.
Este avanço na paleogenómica não só aprofunda o conhecimento sobre a biologia dos mamutes, mas também abre a porta à deteção de vírus antigos baseados em ARN em outros espécimes mumificados, oferecendo uma nova ferramenta para estudar patógenos da Idade do Gelo.









