A iniciativa é coordenada pela investigadora Elvira Fortunato, do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N) da UNL, e envolve as universidades de Cergy Paris (França) e Livre de Bruxelas (Bélgica), no âmbito da rede Eutopia.

O objetivo é fabricar e testar um protótipo de um adesivo equipado com sensores eletroquímicos.

Estes sensores detetarão os níveis de glucose (para a diabetes) ou cloretos (para a fibrose quística) no suor e transmitirão os dados, através de tecnologia sem fios, para uma aplicação de telemóvel. Segundo Elvira Fortunato, trata-se de um método “não invasivo e de baixo custo”.

O dispositivo será construído com materiais biodegradáveis e biocompatíveis para garantir a segurança do utilizador.

Os sensores, por exemplo, serão feitos de grafeno induzido por laser na superfície do adesivo, que terá carbono na sua composição. O design prevê que uma parte do dispositivo seja descartável, enquanto a componente com os sensores será reutilizável, otimizando a sustentabilidade e o custo.

O projeto, com a duração de dois anos, está orçado em 120 mil euros e é financiado pelo programa Horizonte Europa, da União Europeia, sublinhando a aposta em investigação de ponta com potencial para transformar o diagnóstico e a monitorização de doenças crónicas.