No entanto, os novos resultados indicam que os felinos encontrados em sítios arqueológicos europeus mais antigos eram, na verdade, gatos-bravos europeus e não animais domesticados.

A introdução do gato doméstico de origem africana na Europa foi um fenómeno posterior e rápido, que acompanhou em grande parte a expansão militar e comercial do Império Romano, alcançando a Grã-Bretanha já no século I d.C. O biólogo evolutivo Jonathan Losos, em comentário na mesma revista, sublinha que estas descobertas fazem parte de um esforço contínuo para desvendar os mistérios da domesticação felina. “Sempre enigmáticos, os gatos revelam os seus segredos com relutância”, escreve, destacando a complexidade de uma história que agora ganha um novo e importante capítulo.