O projeto, que arranca em janeiro com um financiamento de 120 mil euros do programa Horizonte Europa, representa um passo importante na monitorização contínua de doenças crónicas sem a necessidade de métodos invasivos como as picadas no dedo. A iniciativa envolve também as universidades de Cergy Paris (França) e Livre de Bruxelas (Bélgica), no âmbito da rede de cooperação Eutopia.

O objetivo é fabricar e testar um protótipo de um adesivo flexível que adere à pele.

Este dispositivo integrará sensores eletroquímicos capazes de detetar e quantificar biomarcadores como a glucose e os cloretos presentes no suor.

A informação recolhida será transmitida através de tecnologia sem fios para uma aplicação num telemóvel, permitindo uma leitura de dados em tempo real.

Elvira Fortunato descreve a abordagem como um “método não invasivo e de baixo custo”.

A sustentabilidade é uma componente chave do projeto, que utilizará materiais biodegradáveis e biocompatíveis.

Os sensores, por exemplo, serão feitos de grafeno induzido por laser na superfície do material do adesivo.

O dispositivo será parcialmente descartável e parcialmente reutilizável, otimizando a sua viabilidade económica e ambiental.

Esta tecnologia tem o potencial de transformar a gestão diária da diabetes e de facilitar o diagnóstico de condições como a fibrose quística.