Esta identificação é crucial porque desafia a ideia de uma evolução humana linear e simples.
A análise do esmalte dentário de A. deyiremeda sugere uma dieta focada em folhas, frutos e sementes, indicando que passava mais tempo em árvores do que A. afarensis, cuja dieta era mais diversificada.
Esta diferença de nicho ecológico pode ter permitido a coexistência das duas espécies bípedes no mesmo período do Pliocénico.
A descoberta reforça a ideia de que o nosso passado evolutivo foi mais complexo e diverso, com múltiplos ramos de hominídeos a evoluir em paralelo.
Compreender esta diversidade é fundamental para desvendar os diferentes caminhos e adaptações que levaram ao aparecimento do género Homo e, eventualmente, à nossa própria espécie.
O 'Pé de Burtele' torna-se assim uma peça importante no puzzle da evolução do bipedalismo e dos estilos de vida dos nossos ancestrais mais remotos.









