O projeto UpReGain promete personalizar e otimizar as terapias de reabilitação, com resultados preliminares considerados promissores.

A abordagem assenta no conceito de imaginação motora.

Conforme explica a coordenadora do projeto, Aniana Cruz, “ao imaginar abrir ou fechar a mão, o cérebro ativa as mesmas áreas motoras como se o movimento fosse realmente executado”.

O sistema capta estes sinais cerebrais através de eletroencefalografia (EEG) e traduz-nos em diferentes formas de feedback para treinar o cérebro e restabelecer as ligações neuronais. O paciente pode receber feedback visual, vendo os seus movimentos replicados por um avatar numa mão virtual; feedback físico, através de um exoesqueleto robótico que move a sua própria mão; ou através de atividades gamificadas, como agarrar objetos ou encher um copo num ambiente de realidade virtual.

Esta combinação de estímulos visa potenciar a neuroplasticidade e melhorar a taxa e a qualidade da recuperação.

O projeto irá comparar a eficácia das diferentes abordagens de feedback entre si e com as terapias convencionais.

Além disso, a tecnologia pode ser adaptada ao perfil de cada paciente, combinando EEG com eletromiografia (EMG) em casos onde existe movimento residual.

O objetivo final, segundo os investigadores, é transferir esta tecnologia do laboratório para a prática clínica, tornando a reabilitação pós-AVC mais eficaz e acessível.