O fóssil foi descoberto em 2009 na região de Afar, mas a sua identificação precisa permaneceu incerta devido à falta de outros restos associados, como crânios ou dentes. No entanto, a descoberta recente de novos fósseis na mesma área, incluindo fragmentos de mandíbula e crânio atribuídos ao *A. deyiremeda*, permitiu aos investigadores ligar o pé a esta espécie.
A análise do esmalte dentário dos novos fósseis indica que o *A. deyiremeda* tinha uma dieta baseada em folhas, frutos e sementes, sugerindo que passava parte do seu tempo em árvores.
Esta dieta era menos diversificada que a da espécie de Lucy. A morfologia do pé também aponta para um estilo de vida que combinava a locomoção bípede no solo com a capacidade de trepar a árvores, diferindo da adaptação mais terrestre do *A. afarensis*.
Esta descoberta é significativa porque contraria a ideia de uma evolução humana linear e demonstra que o nosso passado evolutivo foi muito mais diverso.
A coexistência de múltiplas espécies de hominídeos bípedes no mesmo período e local sugere que ocupavam nichos ecológicos distintos, permitindo-lhes partilhar o ambiente sem competir diretamente.
O estudo ajuda a compreender melhor a complexidade da evolução do bipedalismo e os diferentes estilos de vida dos nossos antepassados.









