As terapias atuais focam-se maioritariamente na gestão dos sintomas e na melhoria da função cardíaca, mas não abordam as causas subjacentes relacionadas com o envelhecimento do tecido cardíaco.
A nova investigação, fruto de uma colaboração entre o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e a Universidade do Porto, representa uma mudança de paradigma.
Ao visar os próprios mecanismos celulares do envelhecimento, a equipa conseguiu demonstrar que é possível reverter alguns dos danos associados à idade no coração, abrindo caminho para o desenvolvimento de terapias regenerativas. Conforme explica Inês Tomé, investigadora do CNC-UC, o estudo “mostra que é possível intervir diretamente nos mecanismos celulares do envelhecimento para tratar doenças altamente incapacitantes”.
Esta abordagem não só oferece esperança para o tratamento da insuficiência cardíaca, mas também estabelece um precedente para o tratamento de outras doenças crónicas associadas ao envelhecimento.
A capacidade de intervir a este nível fundamental pode levar a tratamentos que não apenas prolongam a vida, mas melhoram significativamente a sua qualidade, restaurando a função dos órgãos em vez de apenas mitigar o seu declínio.









