O nome da espécie, *monellii*, deriva da sua provável planta hospedeira, o morrião-das-areias (*Anagallis monelli*).
Esta descoberta demonstra que a biodiversidade portuguesa ainda não está totalmente inventariada e que mesmo habitats com forte intervenção humana podem albergar espécies desconhecidas.
Contudo, os investigadores alertam para uma ameaça crescente.
As atuais práticas de gestão de combustível para prevenção de incêndios, que envolvem “verdadeiras operações de raspagem do solo”, estão a destruir estes microhabitats, comprometendo a regeneração do coberto herbáceo e a sobrevivência de espécies como a *Monochroa monellii*.
Jorge Rosete defende que a solução passa por uma “limpeza que não seja ‘cega’”, com critérios cientificamente informados para proteger a biodiversidade. A descoberta serve, assim, como um apelo a uma reflexão crítica sobre a gestão das áreas florestais e a necessidade de proteger os habitats ditos “incultos”, que são essenciais para a fauna e flora locais.








