Publicada na revista científica Nota Lepidopterologica, a descrição da nova espécie resulta do trabalho de Jorge Rosete, Martin Corley e Sónia Ferreira.

A borboleta, detetada através de armadilhagem luminosa noturna, é descrita como uma "microborboleta de coloração escura e pouco vistosa", com uma envergadura de 8 a 10 milímetros, o que a torna difícil de detetar. A sua identificação como espécie única foi confirmada através da combinação de análises morfológicas e genéticas (códigos de barras de ADN).

O seu nome científico, *monellii*, deriva da sua provável planta hospedeira, o morrião-das-areias (*Anagallis monelli*), comum nas zonas arenosas do litoral.

Embora a borboleta seja, para já, apenas conhecida nesta localização, a ampla distribuição da planta hospedeira sugere que a espécie possa ocorrer noutros locais.

Os autores aproveitam a descoberta para lançar um alerta sobre as atuais práticas de gestão florestal, em particular as "verdadeiras operações de raspagem do solo" realizadas para criar faixas de gestão de combustível. Argumentam que estas ações ameaçam a integridade de microhabitats e comprometem a sobrevivência de espécies como a recém-descoberta *Monochroa monellii*, apelando a uma reflexão crítica sobre a gestão de áreas consideradas "incultas".