A medida, que prevê a substituição por métodos alternativos como a modelação computacional, representa uma mudança significativa na política de investigação biomédica.
O anúncio foi feito por Marty Makary, da FDA, que sublinhou que "a ciência moderna oferece-nos formas muito mais eficazes e humanas de avaliar a segurança dos medicamentos".
A proposta visa especificamente os testes de segurança para anticorpos monoclonais, uma classe de fármacos utilizada no tratamento de cancro e doenças como a de Crohn.
A transição para abordagens alternativas poderá, segundo a agência, não só reduzir o sofrimento animal, mas também diminuir os custos e o tempo necessários para levar novos medicamentos ao mercado.
A iniciativa foi bem recebida por grupos de defesa dos direitos dos animais, como o Center for a Humane Economy, que argumenta que se podem obter "resultados pelo menos equivalentes, ou até melhores" com outras técnicas.
Contudo, a comunidade científica manifesta alguma cautela.
Deborah Fuller, diretora do National Primate Research Center de Washington, considerou a medida "perfeitamente razoável" para este contexto específico, mas alertou para os riscos de uma transição apressada. "Se agirmos demasiado depressa, daremos um tiro no pé, porque quando se trata de tratamentos futuros e avanços biomédicos, ainda precisamos de animais", afirmou, salientando que os métodos alternativos ainda não são capazes de substituir todos os testes.
Este debate reflete a tensão contínua entre o progresso ético e as necessidades pragmáticas da investigação científica.









